terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre os domingos

Domingo é o dia em que a inércia parece ser mais forte que qualquer outra coisa. Dia em que o sofá e aquela coberta são tão atraentes quanto a bacia de pipoca, o filme no DVD ou o livro a ser terminado. Dia em que a preguiça impera e que nos faz lembrar que em seguida vem a segunda-feira. O fim de semana acaba e tudo começará outra vez quando abrirmos os olhos na manhã seguinte.

Domingo é o dia em que algumas famílias se reúnem e pedem uma pizza naquele restaurante do bairro. A avó e seu tricô no sofá, a criança correndo pela casa e os irmãos conversando sobre o fim de semana. Às vezes um vinho, outras uma cerveja.

Domingo também é o dia em que os solteiros acabam se obrigando a sair de casa. Pois é um daqueles dias que a solidão aparece e cutuca de leve. E, por essa história da solidão gostar de aparecer nos domingos, é que alguns solteiros se deixam levar por boas companhias. E na onda de se deixar levar pelas boas companhias é que os solteiros deixam de ser solteiros.


Domingo dá preguiça, domingo engorda, domingo anima, domingo aproxima e domingo apaixona.


Definitivamente, hoje eu gosto de domingos!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os malditos cortinhos feitos com papel

Sabe aquele corte de papel que a gente faz na pele, quando está distraído, que parece que nunca mais cura? Na hora a gente xinga e manda tudo a merda. Depois, quando você acha que o maldito do cortinho fechou, você vai lavar a louça ou passar um creme na mão e sente a porra do machucado incomodar de volta. É! Mas depois de uns dias (você nem nota) o chato do cortinho ardido fecha e a pele fica boa e pronta pra mais um daqueles machucadinhos malditos.

Pensando nisso que eu me dei conta do quão foda é esse tal de Tempo: ele fecha até a porra do cortinho ardido feito com papel. É clichê! Eu sei! E sei que isso tudo pode ser inclusive previsível, mas é muito engraçado como só de vez em quando nos damos conta de que tudo é cíclico. E esquecemos das coisas que o Tempo é capaz de fazer. Ele muda conceitos, transforma amizades, amorna amores, cura tristezas e ainda consegue colocar novidades bem na frente da cara da gente. Quem pisa na bola somos nós! O Tempo faz é muito bem o trabalho dele!

E o mais engraçado disso tudo é perceber o quanto é besta se preocupar de mais. E que, quando o assunto é dúvida, drama ou aquela necessidade de coisas novas na vida, o negócio é deixar na mão desse tal de Tempo. Ao que me parece, ele sempre acha uma solução!